Nos corredores de hospitais, onde normalmente reinam silêncio e tensão, uma cena inusitada vem ganhando espaço: risadas, melodias e até pequenos espetáculos. É o trabalho do “Rumo ao Riso”, projeto criado pela risoterapeuta Gabi Roncatti, que une humor, música e teatro para transformar o ambiente hospitalar em um espaço de afeto, conexão e leveza.
Mais do que arrancar sorrisos, o projeto aposta na força da arte como entretenimento e terapia. A música, em especial, assume protagonismo: com produção do cantor e compositor Landau, cada visita é embalada por canções que funcionam como trilha sonora para momentos de encontro e alegria. Já o palhaço Paulo Beck, além de atuar nas intervenções, também assina a direção musical, garantindo que as performances tenham ritmo, emoção e impacto.
“O nariz azul abre portas, mas a música toca fundo. Ela embala o riso, conecta as pessoas e transforma o hospital em palco”, resume Gabi.
Os resultados não ficam apenas nos pacientes. Profissionais de saúde em longos plantões encontram, nos exercícios de alongamento acompanhados por canções e risadas, uma pausa que recarrega energias. “Um simples espreguiçar com música e humor vira um show particular, que suaviza até os dias mais pesados”, explica a risoterapeuta.
E as histórias vividas nesse “palco hospitalar” impressionam. Durante uma sessão de quimioterapia em São Paulo, uma senhora debilitada e sozinha se emocionou ao receber uma “naninha” — travesseirinho de pano distribuído gratuitamente pelo projeto. Ao som de música suave, ela sorriu, chorou, pediu um abraço e se entregou às brincadeiras. “O que parecia mal-estar era também solidão. A música e o riso a fizeram se sentir vista e acolhida”, relembra Gabi.
Atualmente com equipes em São Paulo e na Bahia, o Rumo ao Riso amplia seu alcance e reforça sua missão: transformar hospitais em espaços de humanidade, cultura e encantamento.
Inspirado em referências como Patch Adams, o projeto mostra que o riso e a música, juntos, são espetáculos de cura que não precisam de palco tradicional para acontecer. “É arte, é entretenimento, é vida. Basta a gente se permitir”, conclui Gabi.

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