A mineira Adriana Rabelo, segunda menina de uma família de quatro filhas, saiu de casa aos 22 anos em busca do sonho de ser atriz e, 33 anos depois se consagra na profissão com estreias no teatro, cinema e televisão.
Apesar de todas as dificuldade se manteve forte no seu objetivo e independente do resultado, considera que foi a decisão mais acertada da sua vida. Mesmo com as dúvidas que aparecem no meio do caminho, o amor pela profissão sempre falou mais alto. “É um trabalho de entrega, de pesquisa, de buscar em outras histórias e outras vivencias um pedacinho da gente para dar vida a personagens tão distintos entre si”.
Dia 04 de abril, Adriana reestreia, no Teatro Laura Alvim, seu espetáculo “Visitando Camille Claudel”, quase vinte anos após sua estreia em 2006, no Espaço Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro, O monólogo conta a história da escultora francesa que, apesar de se passar entre o final do século XIX e início do XX (1864–1943) traz temas que continuam dolorosamente atuais.
Igualdade de gênero, saúde mental, o reconhecimento da mulher no mercado de trabalho, luta antimanicomial. Esses são debates que ainda precisamos ter, diz a atriz que reflete também sobre seu processo terapêutico e conta que depois de cinco anos ininterruptos de terapia, voltar agora é como revisitar Camille com um novo olhar. O olhar de uma outra mulher, outra artista. Essa volta não é apenas uma retomada do espetáculo, mas a estreia de uma nova versão de si mesma. Lembrando ainda que 2025 é o Ano do Brasil na França e da França no Brasil, respectivamente; um marco histórico de intercâmbio cultural entre os dois países.
A peça, que tem texto e direção de Ramon Botelho, produção de Carangola Produções e Rotunda e Bambolina estreia dia 04 de abril e fica em cartaz até o dia 27 de abril, sempre às sextas e sábados, às 20h e domingo, às 19h. Todo final de semana haverá um debate após a apresentação com profissionais da área da saúde. A ideia é aprofundar o diálogo entre os temas presentes na peça.
No cinema, Adriana acaba de filmar “Tudo que é sólido”, um suspense policial dirigido por Márcio Heleno Soares, que também assina o roteiro junto com André Regal, uma trama que gira em torno de um romance proibido entre dois adolescentes, desencadeando uma sequência de crimes e vingança que afetam o submundo violento de uma cidade do interior de Minas Gerais.
No elenco principal Adriana, que dá vida a Irene Bianchi contracena com André Carvalho, seu marido na trama, Humberto Martins no papel de um vilão implacável, além de Russo Apr, Eduarda Samara e Erick Maximiliano.
Adriana conta que Irene é uma mulher de classe média alta, obcecada por manter uma aparência de perfeição enquanto lida com fracassos em todas as áreas de sua vida. Casada há 20 anos com Glauco, um marido emocionalmente distante, e mãe de Rafa, um jovem que estuda cinema contra a vontade dos pais, Irene se sente frustrada e vazia. Ela é um retrato de contradições: elegante por fora, mas cheia de inseguranças, preconceitos e carente de propósito, navegando por uma espiral de autossabotagem e desconexão emocional.
Atualmente em fase de pós-produção, e sem data de estreia no cinema prevista, o filme é uma realização da Mimética Produções Audiovisuais, com financiamento da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, através da Lei Paulo Gustavo.
Depois de fazer a prostituta Dália na terceira temporada de “Reis”, na Rede Record, Adriana volta na 12ª temporada da trama interpretando a Rainha Naara na fase adulta. Uma mulher à frente de seu tempo, marcada por uma força interior inabalável e um ar de mistério.
Determinada e estrategista, ela cumpre suas obrigações como soberana e mãe, mas enfrenta um casamento marcado pela violência e negligência do Rei Jeroboão. Diferente dele, sabe construir boas relações e transita com inteligência pela corte. Sua presença é respeitada, e sua dignidade permanece intacta, mesmo diante das adversidades.
Ela protege seus filhos e compreende que o verdadeiro poder vai além da coroa. No entanto, por trás de sua postura impecável, guarda segredos que só ela conhece.
A 12ª temporada da série Reis estreou no streaming Univer Vídeo em agosto de 2024 e na TV aberta, a estreia está prevista para 2025.
Se perguntada sobre o que prefere fazer, Adriana diz que é um enorme privilégio poder atuar no cinema, teatro e TV e que se entendendo como uma atriz plural e faz questão de viver a sua arte em toda a sua amplitude. “São linguagens diferentes e que atingem públicos também diferentes”

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