Em entrevista ao Podcast CARAS, Reynaldo Gianecchini também questionou padrão estético atual
Em cartaz com a peça A Herança, que debate temas do universo LGBTQIA+, o ator Reynaldo Gianecchini (50) contou durante entrevista ao podcast CARAS que não pretende mais falar sobre sua sexualidade fluida, por já ter debatido bastante o assunto anteriormente.
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“Nunca me senti obrigado a nada, principalmente agora fazendo essa peça, fiquei lembrando o tempo em que há essa militância de querer cobrar. Acho tão descabido isso”, comentou Reynaldo Gianecchini. “Eu me sinto muito à vontade, [mas] não quero mais falar sobre a minha sexualidade porque já falei tudo o que tinha para falar. Parece que eu só falo sobre isso, e eu não quero falar mais.”
O artista acrescenta que não exerga a sexualidade como uma pauta atualmente. Para ele, é importante a comunidade aceitar todas as formas de expressão e também pregar a liberdade e respeito para todos seus membros.
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Gianecchini ainda lembrou da década de 1980, quando o HIV começou a ser registrado no Brasil. O artista comenta que a fase foi “terrível”, e que a união da comunidade LGBTQIA+ foi fundamental para que começassem a ser feitos estudos sobre o vírus, e isso se tornasse um legado.
“Se a comunidade quer cobrar respeito e acolhimento, ela tem que acolher todo mundo do jeito que é, cada um tem seu tempo, sua verdade e a sua sexualidade. Estamos vivendo um tempo que já não é mais pauta isso.”
O artista também faz um alerta sobre a pressão estética que tem surgido nos últimos anos, e questiona o movimento da sociedade em seguí-los. “A sua expressão é sua, porque você fica tentando se parecer com alguém? Porque essa comparação? Até na estética, todo mundo quer ficar com a mesma cara hoje em dia. Acho tão lindo as imperfeições. É bonito você ser você.”