A cantora Simone Mendes movimentou as redes sociais após uma revelação descontraída durante sua participação no programa “Angélica Ao Vivo”, exibido no GNT. Em tom de brincadeira, a artista contou que detesta usar calcinha e que a peça íntima, para ela, representa apenas incômodo e desconforto. A fala rapidamente viralizou entre fãs e internautas, reacendendo debates sobre saúde íntima, bem-estar e hábitos de uso de roupas íntimas.
“Eu odeio calcinha. É muito sem futuro a calcinha… A calcinha só dá trabalho, porque é o seguinte ó, tem aquelas que gostam de calcinha pequena, tem aquelas que gostam de calçolão”, comentou a cantora, arrancando risadas do público. Em seguida, ela reforçou o desconforto que sente: “É a pior coisa do mundo. Aquele sofrimento tirando, aquele negócio incomodando… E aí a gente fica mulher, abafa nossas coisinhas, não é legal”.
A partir da fala da cantora, a discussão ganhou ainda mais força: afinal, é saudável ficar sem calcinha no dia a dia? Para responder à pergunta, o Gshow ouviu duas especialistas — a ginecologista Claudiane Garcia de Arruda e a urologista Karin Anzolch — que esclareceram dúvidas tanto para mulheres quanto para homens.
Uso não é obrigatório, mas requer cuidados
Segundo as médicas, não existe recomendação de uso contínuo de calcinha ou cueca. O hábito de usar a peça está muito mais ligado a fatores culturais, sociais e de conforto do que a uma exigência médica. Ainda assim, algumas orientações são importantes para quem opta por deixar a peça íntima de lado.
“Mulheres estão mais informadas e percebem que não há obrigação médica no uso constante”, explicou Claudiane, reforçando que a escolha deve priorizar bem-estar e higiene. A especialista aponta que, ao ficar sem calcinha, é fundamental escolher roupas adequadas para evitar atrito e irritação. Tecidos leves, naturais e com boa ventilação são os mais recomendados.
A ginecologista reforça ainda que dormir sem calcinha é não apenas seguro, como benéfico: “A vulva precisa de ventilação natural. Quando tiramos a peça íntima, reduzimos o abafamento e a umidade, que favorecem infecções”. A prática ajuda a prevenir problemas como candidíase e dermatites, especialmente em pessoas com maior sensibilidade na região íntima.

E os homens?
Para os homens, a dúvida também é comum: usar samba-canção substitui a cueca com segurança? Segundo a urologista Karin Anzolch, depende do contexto. O uso de roupas mais soltas é confortável, mas alguns cuidados são indispensáveis.
O samba-canção deve ser trocado diariamente para manter a higiene adequada. Já na prática de exercícios físicos, a recomendação é outra: “Em atividades físicas, a recomendação é cueca mais ajustada, que ofereça suporte e minimize lesões e atrito”, explicou a médica. Ela também orienta que os homens fiquem atentos a sinais como vermelhidão, coceira, ardor ou descamação, que podem indicar irritações ou infecções.
Benefícios de ficar sem calcinha ou cueca
As especialistas listam uma série de vantagens para quem opta por abandonar — mesmo que ocasionalmente — as peças íntimas.
Para mulheres:
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Menor risco de candidíase
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Redução de alergias e irritações cutâneas
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Maior conforto térmico, evitando abafamento
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Equilíbrio da saúde da pele na região da vulva
Para homens:
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Menor acúmulo de umidade e calor na área genital
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Melhora da ventilação natural
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Mais conforto para quem sente compressão com peças ajustadas
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Para homens com candidíase recorrente, dermatites ou assaduras, redução do ambiente propício à proliferação de fungos
O que evitar?
Apesar dos benefícios, há situações em que é melhor manter o uso da peça íntima. Roupas muito apertadas, sintéticas ou que favoreçam atrito podem causar irritação quando usadas sem calcinha ou cueca. Atividades físicas intensas também requerem proteção e suporte adequado, tanto para homens quanto para mulheres.
A fala de Simone Mendes chamou atenção pelo tom leve e divertido, mas acabou abrindo espaço para uma discussão importante: ouvir o próprio corpo e entender que hábitos íntimos podem — e devem — ser adaptados ao conforto e à saúde de cada pessoa.
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