Aconteceu, dos dias 11 a 19 de agosto, a 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, uma das maiores competições do audiovisual brasileiro, responsável por premiar grandes produções nacionais e seus profissionais envolvidos, sejam atores, diretores, roteiristas e tantos profissionais que trabalham em longa-metragem. A atriz Emanuelle Araújo e o ator Orlando Caldeira, assim Manu do Monte, Jenifer Dias, Marcos Breda e Mariana Abascal, estiveram presentes.
Conforme o próprio site do evento, afirmou, a premiação “terminou em samba”, pois o grande vencedor da edição, com seis troféus Kikitos, foi “Mussum, O Filmis”, filme do diretor estreante Silvio Guindane, que entra em cartaz nas salas de cinema dia 2 de novembro e é estrelado por Ailton Graça.
Como o nome já diz, fala da trajetória de Mussum, um dos maiores comediantes brasileiros e grande membro do grupo de humor “Os Trapalhaões”, e recebeu estatuetas de melhor filme, melhor ator para Ailton Graça, melhor atriz coadjuvante para Neusa Borges, melhor ator coadjuvante para Yuri Marçal, melhor trilha musical e melhor filme pelo júri popular, além de uma menção honrosa.
“O cinema me salvou. A arte salva, o cinema salva, e hoje eu estou retornando a este Festival, e um dia eu fui ao circo, um dia eu li um livro, e um dia eu comecei a fazer cinema, ainda criança aqui neste Festival”, disse o diretor Silvio Guindane.
Mussunzinho, filho de Mussum, esteve presente, e afirmou ter certeza de que o pai estava com eles: “vocês retrataram de uma forma perfeita o velho (Mussum), e eu vou ter o maior prazer de daqui a alguns anos sentar com o meu filho e mostrar ele da forma mais aproximada que eu poderia mostrar”.
Ailton Graça se emocionou ao vencer: “Essa é a primeira vez que estou recebendo um prêmio, e isso começou quando eu era criança e minha mãe perguntou para mim e meu irmão o que queríamos ser. Eu disse carroceiro, advogado, engenheiro agrônomo, cientista, professor… e sendo ator eu posso ser tudo isso”.
Além de “Mussum, o Filmis”, o Festival de Gramado também premiou bastante outros dois longas, “Tia Virgínia” com cinco prêmios e “Mais Pesado é o Céu”, que levou quatro troféus. O documentário “Anhangabaú”, de Lufe Bollini, e o longa-metragem gaúcho “Hamlet”, de Zeca Brito, foram os melhores filmes em suas mostras, com o segundo levando estatuetas de melhor filme, melhor direção, melhor ator para Fredericco Restori, melhor fotografia e melhor montagem.
Vera Holtz, que ganhou por melhor atriz em “Tia Virgínia”, agradeceu pela oportunidade do papel aos diretores e produtores, Fábio Meira e Janaína Diniz: “Obrigada às minhas irmãs da ficção, Arlete Salles e Louise Cardoso, e às minhas irmãs, Regina, Rosa e Teresa, que já nos deixou, e quero deixar um poema de Mário Quintana, para vocês: ‘Os grilos…os grilos… Meus Deus, se a gente pudesse puxar por uma perna, um só Grilo, se desfiariam todas as estrelas!’”
Aliás, um momento que chamou bastante atenção foi que, após serem os grandes vencedores de melhor ator e atriz, Ailton Graça e Vera Holtz se beijaram como forma de comemorar a vitória e celebrar o troféu um do outro, sendo ovacionados pela plateia da premiação.
Léa Garcia, que morreu nos últimos dias, recebeu uma homenagem mais que especial por sua contribuição para as artes nacionais, aparecendo na lembrança do “in memorian”, momento em que se homenageiam os artistas que morreram no último ano, sendo aplaudida de pé pelo público presente.
Foto: Roberto Filho/Brazil News
Aproveite para compartilhar clicando no botão acima!
Visite nosso site e veja todos os outros artigos disponíveis!