A era digital trouxe facilidade, conexão e velocidade. Mas também abriu portas — e muitas vezes escancaradas — para crimes cibernéticos que atingem desde grandes corporações até celebridades internacionais.
Com prejuízos bilionários e vazamentos de informações sensíveis, os ataques virtuais se tornaram uma das principais ameaças do século XXI. Casos recentes envolvendo nomes como Jennifer Lawrence, Scarlett Johansson e até o empresário Elon Musk escancararam a vulnerabilidade até mesmo de perfis altamente protegidos.
O famoso vazamento de fotos íntimas de artistas em 2014, após uma falha no iCloud, revelou a fragilidade dos sistemas de armazenamento digital, provocando um alerta global sobre privacidade online. No mundo corporativo, os impactos não foram menores.
A Colonial Pipeline, nos Estados Unidos, precisou pagar US$ 4,4 milhões a cibercriminosos após um ataque de ransomware que afetou o fornecimento de combustível no país em 2021. No Brasil, a JBS desembolsou US$ 11 milhões no mesmo ano para recuperar seus sistemas após ser invadida. O cenário não é isolado. Segundo projeções da Cybersecurity Ventures, os danos financeiros provocados por crimes virtuais devem ultrapassar US$ 10,5 trilhões por ano até 2025. Para se ter uma ideia, esse número seria o equivalente à terceira maior economia do mundo, caso fosse um país.

Para o especialista em cibersegurança e TI Lucas Pereira de Souza, profissional de referência que vem se destacando em seus projetos na área, o alerta não pode ser ignorado. “Vivemos uma era em que dados valem mais do que petróleo. A informação se tornou um ativo precioso e, como tal, está constantemente sob ameaça. O problema é que muitas organizações ainda subestimam os riscos ou investem em soluções apenas reativas”, afirma.
Lucas destaca que cerca de 90% dos ataques cibernéticos bem-sucedidos exploram falhas humanas, como senhas fracas, links maliciosos ou softwares desatualizados. “Não adianta investir em tecnologia se os comportamentos continuam inseguros. A segurança digital precisa estar na cultura das pessoas, não apenas nos departamentos de TI.”
Entre as recomendações do especialista estão ações simples, porém eficazes: autenticação em dois fatores, backup de dados em locais protegidos, atualizações constantes de sistemas e capacitação de equipes.
“Empresas que atuam de forma preventiva se recuperam até 40% mais rápido após um ataque”, completa. Além dos prejuízos financeiros, os danos à reputação e à privacidade são cada vez mais severos. Para figuras públicas, como artistas e influenciadores digitais, a exposição de informações pessoais pode comprometer contratos, imagem pública e até causar abalos psicológicos.
“Não é mais questão de paranoia. É protocolo. Celebridades que antes negligenciavam esse tema hoje contratam especialistas para proteger suas redes, dados e até celulares pessoais”, diz Lucas Pereira de Souza, que tem feito a diferença e chamado muita atenção do mercado quando o assunto é segurança virtual.

A conscientização sobre o tema tem ganhado força também entre governos e organizações. Campanhas como o Outubro Cibernético (Cybersecurity Awareness Month) reforçam a importância de hábitos digitais seguros.
A expectativa é que a educação digital se torne parte do currículo escolar nos próximos anos, preparando as novas gerações para um ambiente conectado, mas mais seguro. Para Lucas Pereira de Souza, o recado é claro: “Você não deixa a porta de casa aberta à noite. Então por que faria isso com seus dados? A proteção digital deve ser um reflexo da nossa própria responsabilidade com o mundo onde vivemos. E esse mundo, cada vez mais, é digital.”
**As informações contidas neste texto são de responsabilidade dos colunistas e não expressam necessariamente a opinião deste portal.
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