Conheça um pouco da trajetória da delegada mais empoderada do Brasil, Luana Davico

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Luana Vaz Davico, é natural de Inhumas/GO. É uma mulher resiliente, que está sempre em busca de conhecimento, é uma eterna aprendiz, é muito determinada em tudo que se propõem a fazer. Possui um currículo bem extenso, sinônimo de muita dedicação.

Luana Davico é graduada em Direito pela Universidade Federal de Goiás (2010). É também Pós-Graduada em: Direito Penal pela UFG (2014) e em Processo Penal pela UFG (2014).

Ex-assessora de Promotor de Justiça do Ministério Público de Goiás (2012-2017), é delegada de Polícia do Distrito Federal, coordenadora de Carreira Policiais no Grancursos Online, professora de Legislação Penal e Processual Extravagante e Peças Práticas para Delegado de Polícia nos cursos jurídicos e policiais em exclusividade para Grancursos Online, também é docente em Legislação Penal e Processual Extravagante na Pós-Graduação em Direito Penal, Segurança Pública e Criminologia do Grancursos Online. Ela é excelência em todos os ramos em que atua.

Luana Davico é uma mulher empoderada, ela tem consciência de quem é, onde está e para onde quer ir, ou seja, é uma mulher resolvida, se torando assim referência para muitas outras mulheres. Segundo ela, ser capaz de fazer uso do autoconhecimento foi o maior investimento que fez nos últimos anos, e se orgulha por isso.

Para Luana Davico, é notório que a sociedade atual se sente ameaçada pelo empoderamento feminino pois está enraizada no patriarcado. Ela relata que a caminhada para eliminar a desigualdade de gêneros acontece de forma muito gradual, mas que mesmo que aconteça lentamente, não se deve ‘estacionar’ no tempo.

Em todos seus anos de experiência, para ela é nítido, que mesmo cumprindo as mesmas tarefas que muitos colegas de profissão, mas pelo fato de ser mulher há uma discrepância quanto ao julgamento da capacidade de homens e mulheres.

Para ela, infelizmente a vida pessoal de uma mulher vem antes de seu currículo. O que as mulheres fazem, como se vestem, se portam, histórico amoroso, se é solteira, se tem filhos, o fato de ser mulher vem primeiro. “Em suma, em todo lugar há desigualdade entre homens e mulheres, estamos aqui tentando romper essa barreira, para que outras venham e não passem por isso, como já fizeram outrora por nós”, afirma ela.

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Ela relembra que a sociedade lhe impôs certos padrões, como: ela não tinha perfil pra ser policial, diziam que era menina demais, muito delicada, feminina, patricinha dentre outros adjetivos.

Ela é ciente que todas as figuras policiais conhecidas são masculinas, portanto, foi muito questionada por sua escolha. Em sua trajetória, ela escutou que não iria aguentar ser delegada, e também não tinha força nem para segurar uma arma. Mas ela revela seu “gatilho”, ou seja, o que para ela foi a virada de chave foi escutar “você não é capaz”, isso a impulsionou ainda mais.

Ela queria provar para muitas pessoas que o fato de ser mulher não lhe atribuía nem retirava competência, que não é o gênero de uma pessoa que vai lhe proporcionar sucesso na carreira.

Ela revela que na verdade ser policial nunca foi um sonho de infância. Sua família era bem humilde, filha de professores ela percebeu que deveria estudar e se dedicar muito na construção do seu futuro para que assim pudesse proporcionar qualidade de vida para ela e sua família, e foi o que fez. Após formada em direito não tinha o capital necessário para abrir seu próprio escritório, e então ela percebeu que prestar um concurso era sua chance.

Ela fez várias provas, já que assim aumentava a probabilidade no êxito. O ano de 2014 estará sempre em sua memória, pois foi um ano de muitas renuncias e de dedicação extrema aos estudos para assim ser aprovada. Ela conta também que a persistência foi fundamental em sua vida, ela reprovou 11 vezes e só na 12ª prova, se tornou Delegada de Polícia, portanto, persistência e resiliência foram fundamentais em sua vida. “Eu só ouvi pessoas dizerem que não daria certo, mas eu continuei tentando, era óbvio que eles tinham razão, mas eu insisti até contrariar o óbvio”, relata ela.

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Essa policial feminina nada frágil conta que nunca almejou ser influencer, nunca decidiu se expor nas redes sociais, ela apenas aceitou, mas reconhece que a trajetória de sua vida foi resultando em se tornar inspiração para muitas pessoas.

Ela relembra que não haviam tantos perfis policiais, femininos, então, quando postou uma foto com seu distintivo, chamou a atenção de muitas pessoas. Luana ressalta que infelizmente há pessoas boas e pessoas que querem apenas criticar o trabalho do outro, “Não sou dona da verdade, mas estudo diuturnamente antes de reverberar qualquer posição ou opinião, e ficar em cima do muro também não é uma característica minha”, afirma ela.

Em seu Instagram @luanadavico, ela já possui números bem expressivos, já são mais de 389 mil seguidores. Ela percebe que seus seguidores são principalmente do público feminino, mas há também interação com muitos homens. Ela nota que muitas mulheres se inspiram em seu estilo de vida, em sua força de vontade, sua determinação e profissionalismo.

Ela foi percebendo que conseguia se comunicar bem com outras pessoas, já que era capaz de compartilhar muito da sua vivência de forma espontânea. Em sua jornada teve risos, choros, sacrifícios o que acontece na vida de outros concurseiros, ela não quis passar uma imagem que não a identificasse, como outras pessoas ela teve fraquezas também. Ela soube usar das oportunidades, percebeu que suas histórias de reprovações podiam fazer sentido para muitas pessoas pois as fizeram acreditar que também conseguiriam. “Não era minha aprovação, mas minhas reprovações, meus defeitos, meus choros, as dores ao estudar, a sensação de incompetência, a resiliência para continuar, a ideia de que quem não era melhor aluna na faculdade, não conseguiu nem passar na OAB de primeira, também conseguiu ter disciplina suficiente para alcançar o cargo que me trouxe tudo que tenho”, declara ela.

Em comparação com a Luana estudante para a Luana de hoje, realizada profissionalmente, ela teria alguns conselhos como: “Vai dar mais errado do que certo”, ela falaria também: “Não conte suas dores e nem seus sonhos para todo mundo, quase ninguém está torcendo por você”, e “Tire mais fotos desse momento, mesmo que você odeie, tu sentirás falta de lembrar de onde saiu”. Segundo ela, esses são alguns conselhos que ela gostaria de ter escutado. Ela se orgulha muito da mulher que batalhou para se tornar.

Hoje Luana Davico é madura o suficiente para perceber que a vida é feita de inúmeros momentos “mais ou menos” e poucos de felicidade, mas quando eles veem, fazem tudo valer a pena.

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