Marco Pigossi marcou presença na exibição do documentário “Corpolítica” nesta quarta-feira, 16 de novembro, no CineSesc, em São Paulo. O documentário, dirigido e escrito por Pedro Henrique França, tem o ator como produtor.
O namorado de Marco, Marco Calvani, prestigiou o amado na sessão, que aconteceu como parte do Festival Mix Brasil de Diversidade. É uma raríssima aparição do casal em frente às câmeras. Esporadicamente, eles aparecem nas redes sociais juntos e só no último final de semana foram gravados em clima de maior descontração, durante o casamento da irmão do ator.
Os dois confirmaram a relação há apenas um ano, quando o artista também assumiu ser gay, após um processo doloroso de autoaceitação e coragem para enfrentar os preconceitos da sociedade. Então, de certa maneira, ele comemora em novembro a data oficial de sua libertação das correntes que o medo do preconceito carregam.
“Corpolítico” é um filme delicado que fala sobre as eleições no Brasil, a representatividade das pessoas LGBTQIA+ nas diferentes esferas do poder público e, em contrapartida, nos vários preconceitos que a população sofre – tanto nas ruas como dentro de casa.
Além da sessão que aconteceu no CineSESC, o documentário também terá outra exibição, no sábado, 19, às 18h. Dessa vez, no Centro Cultural de São Paulo (CCSP) – Paulo Emílio. O Festival Mix Brasil de Diversidade começou no dia 10 de novembro e segue com exibições até o dia 20.
Alessandra Negrini, que trabalhou com Pigossi em “Cidade Invisível”, da Netflix, prestigiou o amigo e posou ao lado dele na entrada da sessão. Ela está na rotina de gravações de “Travessia”, mas tirou a noite de folga parou assistir à produção.
Na séria da Netflix, Marco dá vida a Eric, um rapaz que vê sua vida virar de cabeça para baixo ao descobrir que as criaturas fantásticas do folclore brasileiro são reais. Ele começa a investigar as evidências e se depara com várias delas. Alessandra, por sua vez, interpreta Cuca, que para a sociedade, se chama Inês. Os dois ficaram mais próximos durante as gravações.
O trabalho de Marco Pigossi por trás das câmeras não é inédito em “Corpolítico”. Ele foi o produtor executivo de “Carne”, um curta-metragem de 2018 que se tornou a aposta do Brasil para o Oscar de 2021. A produção também tem um conteúdo de ação social, mas não fala especificamente sobre a população LGBTQIA+, mas das políticas e violências contra mulheres.
Por outro lado, o documentário investiga o vazio de representatividade LGBTQIA+ no cenário político do Brasil, país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo. Diante de um recorde de candidaturas LGBTQIA+ nas eleições brasileiras de 2020, em um momento histórico no país e no mundo, candidatos e políticos relatam suas experiências e as violências vividas dentro de seus processos de afirmação e na luta por direitos.