Com o carnaval batendo na porta, Neguinho da Beija participou do podcast Bulldog Show, apresentado por Vivy Tenório e excepcionalmente por Pierri Carvalho, na noite desta terça-feira (3). O sambista, que veio de uma família musical, relembrou os desafios enfrentados durante sua trajetória, e falou do Carnaval de 2023.
A história de Neguinho na Beija Flor de Nilópolis começou em 1975, onde faz parte até hoje, no entanto ele conta que já foi rejeitado pelas maiores escola de samba do Rio de Janeiro, na época.
“Eu queria ser de uma escola grande, aí fui na Mangueira e fui rejeitado, tinha muita gente… Então fui dispensado, era um garoto muito novo, 21 anos. Aí fui levado pro Salgueiro, Noé Rosa de Oliveira me apresentou pro Osmar Valença, o presidente, cheguei lá e também: ‘não não, quantos anos você tem? 21, não não aqui não’… Fui na Império Serrano, levado pelo Wilson Diabo, ‘não aqui na Império Serrano também não’,” relembrou.
Sendo um dos intérpretes mais famosos e prestigiados do Carnaval carioca, o artista também fez uma revelação, que segundo ele, muita gente não sabe.
“Eu sou talvez o único, não sei o Jamelão, acho que o Jamelão também, eu sou o único intérprete de escola de samba não remunerado…”, revelou.
Durante o bate papo, o sambista também falou sobre Ludmilla, que esse ano será a segunda intérprete da Beija Flor de Nilópolis, no tradicional desfile na Marquês de Sapucaí. Neguinho conta que fez o convite para o desfile de 2022, mas por problemas na agenda a cantora não conseguiu estar presente.
“Eu sempre gostei de ter uma voz feminina, a Ludmilla hoje representa a nossa juventude negra, uma pessoa que vem da comunidade, é estouradíssima, um dos maiores sucessos, junto com a Anitta nesse segmento que ela faz, mas a Ludmilla é uma tremenda sambista, tu sabia?”, explicou.