Savia David já está na contagem regressiva para a folia, mas também com o coração partido. Amada em Nilópolis e também em São Paulo, a beldade se viu mais uma vez refém do conflito de datas dos desfiles da Unidos de Vila Maria, onde defende o posto de rainha de bateria, e da Beija-Flor de Nilópolis, no Rio de Janeiro, da qual é musa.
Ambos acontecerão em horários bem aproximados, no domingo 11 de fevereiro, já que a agremiação paulistana disputará este ano no Grupo de Acesso 1. A situação, deixará a beldade mais uma vez fora da apresentação da azul e branca da Baixada Fluminense, que trará para a Marquês de Sapucaí o enredo Um Delírio de Carnaval na Maceió de Rás Gonguila.
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“Independentemente do meu posto no Carnaval aqui no Rio de Janeiro, ou em São Paulo, eu acredito que sambista não tem CEP. Ou você é apaixonada ou não é. Sou apaixonada pela Beija-Flor e o que importa para mim é estar junto com a comunidade, lutando pelo título. Tenho esse mesmo carinho pela Vila Maria, mas meu coração fica arrasado e para mim é meio frustrante isso, porque a Beija-Flor para mim é o ponto de partida, é onde tudo começou. Na minha família, ninguém é do samba. Em tudo, sou muito grata a Beija-flor. Meu nome no Carnaval se expandiu muito por causa da escola e trago momentos incríveis no meu coração, com a esperança de viver muitos outros ao lado da minha comunidade nilopolitana”, desabafa Savia.
Completando 15 anos de Beija-Flor, esta é a segunda vez que a beldade fica de fora do desfile da agremiação, já que em 2022, quando o Carnaval foi transferido para o mês de abril ainda por conta da pandemia do Covid-19, ela também não conseguiu participar da folia carioca pelo mesmo motivo deste ano. O que deixou Savia bastante triste, já que segundo ela, já tinha até sua fantasia desenhada.
“É algo doloroso para mim, porque não tem como falar de Savia sem citar a Beija-Flor. Só o meu sobrenome já diz tudo. Eu sou Beija-Flor, porque faz parte da minha vida. Foi lá que conheci o meu marido, foi lá que construí a minha família… então vai muito além de Carnaval, sabe?”, explica a empresária, que ocupa o cargo de musa na agremiação desde 2013.
“Entrei na Beija-Flor em 2008 para desfilar a primeira vez em 2009. E tenho muita história para contar, de chegar na quadra meio-dia, ficar fazendo dois, três shows, e depois não ter ônibus para voltar para casa. Tudo isso, muito antes de sonhar em casar”, contou Savia, relembrando ainda como todo esse amor pelo pavilhão nilopolitano começou.
“Eu já admirava muito o Carnaval, mas embarquei mesmo nesse mundo dos desfiles das escolas de samba por meio de uma aluna minha. Na época eu era personal dela, que era passista da Inocentes de Belford Roxo e vivia me convidando para ir a prestigiar nos ensaios. E quando, finalmente fui, conheci uma diretora de ala da Beija-Flor, Ivone o nome dela (se não me engano), que me levou pra lá. Quando cheguei lá, na primeira vez, o Laila virou para mim e disse que eu iria desfilar com eles. Eu pensei: ‘como assim?’. Então ele disse que eu viria na ala das 10 mais, que era composta por 10 mulatas bem grandonas. Então, desfilei no chão nesse primeiro ano e nos seguintes, até 2011, quando eu já estava casada e desfilei no carro alegórico. Depois, em 2013, já passei a vir como musa”, relembrou.